Devido ao aumento de casos de pessoas infectadas com o coronavírus (COVID-19) no Brasil, a quantidade de veículos (carros, principalmente) circulando nas cidades brasileiras deve diminuir. Empresas têm incentivado o home office e algumas pessoas, por precaução, têm evitado a circulação por locais públicos fechados. Como consequência, pode ser possível que haja um impacto na qualidade do ar das cidades brasileiras. Isso porque, principalmente nas metrópoles, os veículos costumam ser as principais fontes de emissões de poluentes e de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.
Os automóveis são responsáveis por 49% da emissão de material particulado (MP) na cidade de São Paulo, segundo o Estudo sobre Faixas Exclusivas São Paulo (2017), realizado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Atualmente, sete poluentes são regulados no Brasil por seus reconhecidos danos à saúde: partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (MP10), fumaça, dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3). Sendo que as partículas inaláveis finas (MP2,5) e o ozônio são os poluentes cujo o controle das concentrações é mais desafiador.
O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) é uma organização sem fins lucrativos brasileira, fundada em 2006, especializada em qualidade do ar. Temos pesquisadores para falar sobre a poluição do ar e a mobilidade urbana:
- André Luis Ferreira, diretor-presidente, engenheiro mecânico pós-graduado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp. Trabalhou na Diretoria de Controle de Poluição Ambiental e na Diretoria de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia da CETESB, e foi consultor da Fundação Hewlett. Atualmente, é Diretor Presidente do IEMA e professor do curso de especialização em Gerenciamento Ambiental (ESALQ/USP);
- David Tsai, coordenador da área de Emissões, engenheiro químico graduado pela Escola Politécnica da USP. Atua no IEMA desde 2007 e suas principais atividades estão concentradas em inventários e modelagem de emissões.
Fonte Instituto de Energia e Meio Ambiente – IEMA.
