
Uma americana foi formalmente acusada, nesta segunda (2), de matar dois de seus filhos, de 4 e 8 anos, que haviam sido achados enforcados no porão da casa da família em setembro, informou o jornal americano “The New York Times”.
Lisa Snyder, de 36 anos, foi presa em casa, em Albany Township, na Pensilvânia, na segunda de manhã. Ela disse à polícia que o filho, de 8 anos, sofria bullying na escola e tinha tendências suicidas, informou o jornal.
A investigação, entretanto, concluiu que não havia provas de bullying. As autoridades também constataram que o menino tinha uma deficiência física que tornava quase impossível para ele se enforcar, segundo a promotoria.
Snyder, que também recebeu duas acusações de colocar o bem-estar de crianças em risco e uma de manipular provas, mantém a versão de que as crianças morreram por suicídio. Ela está presa sem possibilidade de fiança.
A polícia recebeu um chamado sobre os enforcamentos no dia 23 de setembro. Snyder ligou para os policiais por volta das 16h30 daquele dia (horário local) e disse que havia encontrado dois de seus filhos inconscientes, pendurados em uma viga no porão.
Onze minutos depois, os socorristas chegaram e encontraram Conner Snyder, de 8 anos, e Brinley Snyder, de 4, com parada cardíaca e pendurados com um cabo de aço enrolado no pescoço, a um metro e meio de distância um do outro, segundo a promotoria.
As crianças chegaram a ser reanimadas, mas foram declaradas mortas três dias depois.
Snyder disse à polícia que havia encomendado o cabo, de cerca de 113 kg, para servir de coleira para seu cachorro. Segundo sua versão, ela buscou o cabo na loja e, horas depois, encontrou as crianças penduradas.
Durante a investigação, Snyder disse à polícia que Conner sofria bullying na escola e havia dito, repetidamente, que queria morrer. Segundo a mulher, na semana anterior ao crime, o menino teria dito a ela que “eu já teria me matado, mas tenho medo de ir sozinho”.
No entanto, imagens de vídeo do ônibus escolar que o menino pegou no dia 23 de setembro mostraram uma “criança feliz” sem sinais de angústia, de acordo com a promotoria. (Fonte G1).