DestaqueEconomia

Há espaço para a cadeia de gás de SC ser mais competitiva

As mudanças em curso no mercado de energia abrem caminho para ampliar a modicidade tarifária, buscar alternativas de fornecimento e transporte e melhorar o ambiente de regulação do segmento de distribuição do insumo. Estas são as principais demandas da indústria na área e foram defendidas pelo presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc, Otmar Müller, durante seminário em que foi lançada a Frente Parlamentar da Competitividade do Gás Natural Catarinense, pela Alesc. “Há espaço para a cadeia de gás ser mais competitiva”, afirmou ele, no encontro realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e SC Gás, nessa quarta (23), em Florianópolis, com a presença de lideranças industriais e parlamentares.

Em sua apresentação, Müller lembrou que o preço do gás no Brasil está entre os mais caros do mundo – em média US$ 12 (MMBTU) contra US$ 3,13 (MMBTU) nos Estados Unidos, US$ 7 (MMBTU) no México e US$ 6,62 (MMBTU) em parte da Europa, comparou. “Estamos muito deslocados em relação ao custo do mercado internacional de gás”, disse, lembrando que o País vive um momento histórico, com a abertura desse mercado para torná-lo mais competitivo e a meta do governo federal de redução de até 30% nas tarifas, no médio e longo prazos.

“Mas em Santa Catarina enfrentamos um momento adverso, com a perspectiva de aumento do preço da tarifa para 2020”, alertou Müller. Há uma chamada pública da SC Gás e distribuidoras de outros estados em andamento para buscar novos fornecedores do insumo a partir de março do próximo ano, quando se encerra o contrato de suprimento da distribuidora catarinense com a Petrobras. O gás chega ao estado por meio do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A renovação do contrato com a Petrobras implicará aumento do preço por conta de uma nova política de mercado aplicada pela estatal brasileira. A previsão de reajuste é de 4% em janeiro e de 8% em julho, conforme estimativas da SC Gás, anunciadas na Fiesc no dia 18 de outubro. Otmar também chamou a atenção para o limite da capacidade do gasoduto. “Só não tivemos problemas com o volume de gás por conta da recessão. Temos a necessidade de construção de novos gasodutos ou a repotencialização do gasoduto existente”, ressaltou.

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Luiz Fernando Vampiro, disse que a iniciativa busca chamar a atenção do parlamento, da sociedade, governo e setor produtivo para a questão do gás. “Queremos ser a ponte de interação desse sistema. O gás é um poderoso energético para o desenvolvimento. Os países onde ele é utilizado ganham destaque. As grandes marcas da indústria catarinense encontram no gás fonte de competitividade para os negócios”, afirmou, lembrando que há regiões catarinenses que hoje não são atendidas, e citou como exemplos o extremo sul, planalto norte e oeste.

“A frente parlamentar é muito importante, especialmente num momento em que as regras do setor no País estão mudando, com a abertura do mercado. Para isso, é importante termos segurança regulatória e jurídica e regras do jogo bem colocadas. Sem segurança jurídica e regulatória não há investimento. E a frente parlamentar tem muito a contribuir no sentido de fixar boas regras para o desenvolvimento desse setor”, declarou o presidente da SC Gás, Willian Anderson Lehmkuhl.

Ainda na reunião foram abordados os temas: novo mercado de gás: a visão da distribuição, com palestra do advogado Gustavo de Marchi, da Abegás; chamada pública do Gasbol, com apresentação da especialista em regulação da ANP, Karine Alves de Siqueira; perspectivas dos leilões de energia, com o engenheiro Edson Real, da Golar Power Latam, além das perspectivas da chamada pública do gás, com palestra da SC Gás. (Fonte Assessoria de Imprensa da FIESC).

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios