A Polícia Militar de Abelardo Luz (SC) atendeu ontem a noite ocorrência de maus-tratos, na rua Levy Linhares da Silva, bairro Santa Luzia, interior do Hospital Rogacionista Evangélico daquele município.
A guarnição recebeu a informação de que uma criança deu entrada na emergência do hospital com suspeita de ingestão de entorpecente. Ao chegar no local foi feito contato com a mãe da bebê de 11 meses, E. B. DA S., a qual relatou que seu companheiro, H. de S. N., chegou em casa noite de quarta (2), com dois invólucros metálicos, que acredita que seja crack.
Segundo ela o marido foi ao banheiro fazer uso da droga e que, foi dar banho em sua filha S.B.do N., por volta do meio dia desta quinta (3) e a deixou no chão por um momento. A mulher conta ainda que, encontrou um fragmento e possivelmente seja do crack trazido pelo pai. A menina havia colocado a pedra de crack na boca por um instante e a cuspiu e por volta das 14h começou a tremer como se estivesse convulsionando, então, ligou para um táxi e a levou ao hospital. O pai da criança, não se fez presente no local. Mas pelo desespero da mãe, ao relatar, acredita-se que a criança engoliu a pedra do entorpecente.
A menina foi transferida para o Hospital Regional de Chapecó, onde passou por exames e procedimentos específicos para o caso. A droga não foi localizada. Diante dos fatos foi dada voz de prisão a E. B. DA S. e apresentada a mesma ao Plantão da Policia Civil.
Nota do Hospital da Criança
De acordo com a assessoria de imprensa do HRO/HC, a paciente S. B. do N., 11 meses foi enviada do hospital de Abelardo Luz para o Hospital da Criança em Chapecó via ambulância do SAMU, adentrando na unidade às 21h desta quinta (3). Paciente apresentava indícios de procedimento de lavagem gástrica ainda na origem e sem suporte por ventilação mecânica. Já no HC firam realizados procedimentos de atenção de emergência. Coletado material para exames clínicos. Até o presente momento, a paciente apresenta quadro estável.
Cabe salientar que paciente foi enviado do hospital de Abelardo Luz sem qualquer comunicado médico prévio, sem registro no sistema estadual de regulação, sendo que o hospital de referência para Abelardo Luz é o Hospital São Paulo em Xanxerê.
Médico de Abelardo Luz contesta
O médico plantonista que atendeu a criança no hospital de Abelardo Luz, esclarece que o caso foi sim discutido com a médica plantonista do Hospital da Criança de Chapecó, formalizando o encaminhamento da transferência, antes da menina sair daquele município.
“Foi discutido caso sim, com a médica plantonista do Hospital da Criança de Chapecó, que aceitou receber o paciente. Foi encaminhado através do SAMU, transportada com acesso venoso, sonda nasoentetal e máscara laringea para proteção das vias aéreas. A paciente não foi colocada na regulação de leitos, uma vez que foi realizado contato direto com a plantonista por ser um caso de urgência com risco de morte”, explica o médico de Abelardo Luz.
(Informações Polícia Militar/HC/HRO e Hospital de Abelardo Luz).
