Polícia

Ex-namorado de jovem atingida por soda cáustica planejou crime dentro da prisão, pelo celular

A jovem Isabelly Aparecida Ferreira Moro, atacada com soda cáustica foi vítima do ex-namorado, que está preso. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o crime foi planejado pelo celular e de dentro do presídio por Marlon Ferreira Neves, 28 anos, que estava preso por outros delitos quando o crime aconteceu.

O ataque contra Isabelly foi em uma rua de Jacarezinho (PR), em maio passado. A vítima ia para academia quando foi atingida. Ela ficou internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Débora Custódio foi presa pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) dois dias após o ataque.

Segundo o MP, Débora trocou mensagens com Marlon, que foi denunciado e virou réu por tentativa de homicídio. A defesa disse que vai recorrer da decisão.

Segundo o Ministério Público, após a análise dos dados extraídos do celular de Débora, foi possível descobrir que o detento planejou o crime.

“Eles conversam sobre o disfarce, sobre a peruca, sobre a roupa, como ela iria se esconder depois que praticasse o crime. Ele exerce uma pressão nela para cometer o crime. Em alguns momentos, ela diz que não vai fazer, chega a recuar na prática do crime, mas ele determina que ela faça”, disse a delegada Caroline Fernandes, responsável pelo caso.

De acordo com o MP, a acusada chegou a estudar a rotina da vítima para surpreendê-la.

As investigações apontaram que áudios armazenados do celular de Débora indicam a motivação do crime e que o homem tinha “verdadeiro domínio do fato criminoso”, conforme o MP.

Por meio de nota, os advogados Jean Campos e Laís Vieira, responsáveis pela defesa de Débora Custódio, afirmam que a cliente agiu “sob coação, executando o crime por medo e temor, sem ter outra alternativa”.

O advogado Igor Ogar, que defende o acusado, disse que o cliente não cometeu tentativa de homicídio, e, por isso, “não pode responder por algo além do que praticou, pois não existe nada que prove dolo na sua conduta”.

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Por que Marlon estava preso?

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Marlon e o irmão dele se envolveram em uma confusão em um posto de combustíveis de Jacarezinho.

Imagens de câmeras de vigilância, obtidas pela polícia durante a investigação, mostram ele descendo com um pedaço de madeira para agredir um homem.

A polícia acredita que, após as agressões, Marlon roubou o celular da vítima e em seguida fugiu com o irmão. Os dois foram presos.

Em depoimento, ele negou a autoria do roubo. Disse que foi ao posto buscar o irmão, e que a briga teria começado porque algumas pessoas o teriam desrespeitado.

Marlon e o irmão foram condenados a 7 anos e 5 meses pelo crime. Eles poderão recorrer da sentença, mas vão continuar presos.

Segundo a PM, a vítima teve queimaduras no rosto, no peito e na boca. Ela foi sedada, intubada e ficou 17 dias internada em estado grave na UTI do Centro de Tratamento de Queimados.

Apesar de o produto ter atingido muitas partes do corpo de Isabelly, ela não teve sequelas visíveis. Em alguns casos, o produto pode causar queimaduras de até terceiro grau. Do g1 PR

 

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