O promotor paraguaio Marco Amarilla, que trabalha nas investigações sobre a execução do jornalista brasileiro Léo Veras, ocorrida na noite desta quarta (12), disse que o profissional ‘já sabia que iriam matá-lo’.
Segundo a ocorrência, Léo Veras jantava com a esposa e o filho no quintal de casa, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha à sul-mato-grossense Ponta Porã, quando dois homens armados e encapuzados entraram e pelo portão que estava aberto. Eles direcionaram os disparos contra o jornalista e foram atrás dele quando Veras tentou correr para a rua.
Ele recebeu ameaças nesses últimos dias. Ele estava nervoso, estava inquieto, estava temeroso. Em uma conversa que manteve com sua esposa, ele se despediu, praticamente. Ele disse: “Amor, se cuida, cuida das crianças”. Praticamente se despede de sua família. Ou seja, já sabia que iriam matá-lo”, disse o promotor.
Sobre o motivo das ameaças de morte, o promotor paraguaio explica: “Hipóteses temos várias, não descartamos nenhuma. Vamos ver o que tem no telefone e no notebook. O que se fala é que ele publicava algo que incomodava. Quero saber o que foi que publicou”.
De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, Léo foi atingido por cerca de 12 tiros de pistola 9 milímetros. Um dos disparos acertou a cabeça dele no momento em que ele tentou correr dos assassinos. O jornalista chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular da cidade paraguaia, mas não resistiu.
Questionado sobre se já se sabe sobre eventual fuga dos assassinos para o Brasil, Marco Amarilla informou não descartar a hipótese. “Não temos nenhuma precisão a respeito disso”.
Léo Veras é bastante conhecido em Mato Grosso do Sul por seu trabalho. Ele era o dono de um site policial que produzia notícias da região da fronteira em português e espanhol. Frequentemente ele noticiava situações relacionadas ao tráfico de drogas. (Fonte G1).
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