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Pesquisa identifica mudança de hábitos de consumo com a pandemia

Mudanças significativas nos hábitos de consumo foram impostas à população pelo novo coronavírus no âmbito mundial e na maioria das cidades brasileiras. Em Chapecó, um levantamento feito pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em conjunto com a Divisão de Pesquisa e Estatística do Sindicato do Comércio (Pesquisas Sicom), identifica expressiva parcela dos entrevistados com mudanças e apenas 3,8% dos consumidores que não alteraram qualquer hábito.

Juntamente com a pesquisa que levantou dados referentes ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC), foram questionadas as modificações nos hábitos de consumo dos chapecoenses em plena crise do Covid-19. Realizado de 16 a 28 de julho, o levantamento envolveu 66 mulheres e 56 homens de diversas classes de renda e faixas etárias.

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A ampliação dos cuidados de higiene foi a principal mudança apontada pelos participantes (88,5%). Em seguida estão o aumento nas atividades online (68,5%), a maior quantidade de compras pela internet (33,8%) e o aumento na busca por promoções (27,7%). Entre os participantes da pesquisa, 41,5% indicaram ter deixado de consumir algum bem ou serviço depois do alastramento da pandemia.

Tendência de continuar

Também foi levantada a tendência quanto à manutenção de hábitos de consumo agora adquiridos ou o caráter passageiro. Dos respondentes, 60% afirmaram que irão manter pelo menos um dos hábitos após o fim da pandemia, enquanto apenas 10% indicaram que não manterão.

Quando à influência na vida financeira, 61,5% dos consumidores entrevistados asseguraram que não houve alteração na renda em decorrência da pandemia, enquanto 29,2% constataram diminuição. Entre esses, 40% revelaram ter realizado cortes em gastos extras e 7,7% demonstraram ter cortado custos essenciais, enquanto 38,5% ainda mantém o nível de gasto do período pré-pandemia.

Novo comportamento

“Há uma série de oportunidades para que todas as empresas ou marcas repensem sua atuação e seu relacionamento com os clientes e consumidores a partir do aprendizado pelo qual todos passam.” Essa afirmação é do publicitário Francisco Duarte Pavin, que tem MBA em Marketing e mestrado em Administração, e foi publicada numa entrevista ao informativo Mais Sicom.

Para o publicitário, que estuda o comportamento do consumidor, cabe a cada empresa avaliar os impactos e reflexos do momento e extrair deles ações que possam se reverter em resultados positivos no médio e longo prazo. Acrescenta que, com isso, podem ser revistos modelos de negócio, “inclusive pensando em possibilidades e/ou melhorias no canal on-line”.

Quanto ao posicionamento das empresas após o coronavírus, como se comportarão os consumidores e quais serão os movimentos dos mercados, o especialista afirma serem questões ainda não respondidas. “Diante disso, as empresas precisam se antecipar, analisar seus mercados atuais e possíveis novos mercados, antecipar tendências, pesquisar e conhecer seus clientes de forma a melhor compreendê-los e entregar soluções mais adequadas às suas necessidades”, afirma Francisco Pavin. Sobre como cativar o cliente nesta nova situação, destaca a necessidade da relação de confiança, empatia e segurança e a importância de aprimorar o relacionamento com cada consumidor, de acordo com suas especificidades. O caminho indicado é no sentido da empresa estar próximo do consumidor, “falando a mesma língua, caminhando juntos em busca de objetivos comuns”.  (Extra Comunica).

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