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Miliciano condenado foi cabo eleitoral de campanha em 2018 da nova ministra do Turismo

O homem condenado por homicídio que fez campanha em 2018 ao lado da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), foi apontado pelo relatório final da CPI das Milícias, em 2008, como o responsável por liderar uma milícia que atua em cinco bairros de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A informações são do G1 Rio.

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Dados da comissão indicaram que Juracy Alves Prudêncio, conhecido como Jura, comandava uma milícia com um grupo de extermínio que atuava em Comendador Soares, Jardim Nova Era, Jardim Pernambuco, Palhada e Rosa dos Ventos. Segundo as investigações, a quadrilha explorava irregularmente serviços de segurança dos moradores e de comerciantes, venda de gás, sinal de TV a cabo e transporte alternativo.

Juracy é ex-sargento da Polícia Militar e cumpre pena de 26 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa e homicídio. Ele é apontado como chefe de uma milícia conhecida como Bonde do Jura.

Daniela Carneiro assumiu o cargo de ministra do Turismo do governo Lula, no domingo (1º). A assessoria de Daniela informou que ela recebeu apoio em diversos municípios na campanha de 2018, quando disputou uma vaga a Câmara Federal pelo MDB, e que isso não significa que compactue com qualquer apoiador que tenha cometido ato ilícito.

O nomeado para presidência Embratur, subordinada ao Ministério do Turismo, é Marcelo Freixo (PSB-RJ), candidato derrotado ao Governo do Estado do Rio de Janeiro e que foi o presidente da CPI das Milícias na Alerj, que produziu o relatório em que Juracy foi citado.

O RJ2 mostrou, em janeiro de 2020, que Juracy progrediu para o regime semiaberto em 2017 e foi nomeado na Secretaria de Ordem Urbana da Prefeitura de Belford Roxo, com um salário de R$ 3 mil. Mas ele atuava como cabo eleitoral no período em que deveria estar no trabalho. Ele aparece em imagens de redes sociais entregando santinhos para Daniela e outro candidato.

O prefeito da cidade é Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, marido da ministra Daniela.

O poder municipal da cidade da Baixada Fluminense chegou a afirmar que Juracy nunca tomou posse no cargo, mas tinha folhas de ponto com a assinatura do secretário de Ordem Urbana da cidade, Marcos Silva de Oliveira, e do secretário adjunto, Marcelo dos Santos Pereira.

O acordo com a Justiça determinava que Juracy, conhecido como Jura, trabalhasse de segunda à sexta, das 8h às 17h e aos sábados, das 9h às 14h. Após a repercussão do caso do trabalho dele na prefeitura, Juracy voltou para a cadeia. Do G1 Rio

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