
Esse é um assunto que a maioria dos políticos concorda. Seja governo ou oposição, direita ou esquerda. Enquanto o trabalhador não suporta mais tentar manter suas contas em dia e conseguir comer, a farra com o dinheiro público só aumenta. No Brasil é assim: falta dinheiro pra tudo, menos pra campanha política.
A Comissão Mista de Orçamento aprovou uma mudança que eleva e muito o Fundo Eleitoral — dinheiro público destinado a campanhas políticas — de R$ 1 bilhão para R$ 4,9 bilhões nas eleições de 2026.
Fundão: Desde que o STF proibiu doações de empresas, a princípio para evitar segundas intenções, um Fundo abastecido com recursos públicos virou a principal fonte de dinheiro das campanhas dos partidos.
O governo havia reservado R$ 1 bilhão para o Fundo em 2026, mas o deputado federal Isnaldo Bulhões, do MDB, apontou que deveria ser mantido os mesmos R$ 4,9 bilhões das duas últimas eleições (2022 e 2024).
✅ Quer receber informações no seu celular: Clique AQUI e receba NOTÍCIAS EM SEU WHATSAPP
Com essa mudança, o Fundão tem uma alta de 390%. Todo esse montante extra virá de duas fontes:
R$ 3,9 bilhões das emendas de bancada, ou seja, que seria uma verba destinada a obras e projetos nos estados;
R$ 1 bilhão de cortes em outras despesas do governo.
Na prática, o dinheiro público que financiaria investimentos locais agora vai para campanhas políticas. A decisão teve um clima quase de unanimidade, com apoio tanto do PT como do PL — governo e oposição.