Foi sancionada a lei nº 7.902/2023, que denomina a praça situada entre as ruas Manoel Osório Câmara, Anacleto Zanini e Jadir Zoconi, no bairro Santos Dumont, em Chapecó, de ‘Praça Pedro de Toni’. A proposição é de autoria do vereador Claudair Sanzovo, o Sica (UB).
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O vereador explica que Pedro de Toni, falecido em 1985, foi um dos pioneiros da cidade, e que sua trajetória fala por si. Foi um advogado proeminente, que atuou de forma pro bono a uma parcela da população menos favorecida, em uma época onde o acesso à justiça era mais complicado, também foi o primeiro presidente da OAB/SC Subseção de Chapecó e participou ativamente na fundação de diversos clubes sociais, como CRC, Caça e Pesca, Campestre, Industrial, entre outros.
“Trata-se de relevante figura neste município, que reconhecidamente contribuiu para a história de nossa cidade. Cidadão honroso e de reputação ilibada, querido por muitos, que deixou seu legado como um dos desbravadores das terras de Condá. Reconhecer quem com muito suor e sangue deixou o melhor de si para Chapecó ser o que é hoje, é nossa obrigação. Além do importante resgate histórico, hoje temos um espaço público importante para a comunidade do bairro Santos Dumont, e isso, inevitavelmente se traduzirá em investimentos públicos, abre a possibilidade da realização de Parcerias Público-Privadas (PPP), o que se traduzirá em melhorias no local para que a população possa ter as melhores condições de uso possíveis”, afirma Sica.
Quem foi Pedro de Toni?
Nascido em Guaporé (RS), em 08 de dezembro de 1931, é filho de Antônio De Toni e Maria Parisi, tendo se mudado mais tarde para Vila Maria (RS). Estudou no Colégio Conceição em Passo Fundo, também no estado gaúcho, frequentando e finalizando o curso de contabilidade. Trabalhou como contínuo no Banco Industrial e Comercial do Sul S/A, em Guaporé (RS), entre 1951 e 1954. Anteriormente trabalhou alguns anos na Sociedade Madeireira Mariense Ltda (moinho e madeireira) da Família De Toni. Casou-se em 04 de Julho de 1957, com Oneida Lourdes Rigo, filha de Francisco Ângelo Rigo e Filomena Maria Brancher. No ano de 1960 se transferiu para a cidade de Chapecó(SC), começando a trabalhar como contabilista na Serrapinho Ltda – de Ermínio Tissiani, que estava situada na época atrás do atual Hotel Bertaso, sendo que ficou na empresa até 31 de dezembro de 1970.
Se formou em Direito pela UPF – Universidade de Passo Fundo-RS, sendo que constituiu um escritório de advocacia com João Valvite Paganella, ex-deputado federal por Santa Catarina, numa sala alugada na esquina da Av. Fernando Machado com a Barão do Rio Branco. Mais tarde, em 14 de dezembro de 1976, adquiriram uma sala comercial na Av. Getúlio Vargas, 466, centro, antiga sede de BESC/SA, hoje prédio do Mercadão Novo Hamburgo, sendo que trabalhou até 05 de outubro de 1985, vindo a falecer de câncer.
Foi o primeiro presidente da OAB/SC, subseção de Chapecó, tendo assumido os dois primeiros mandatos, de 1971 a 1975. Participou como sócio (ou sócio-fundador) de vários clubes recreativos desta cidade, tais como Campestre Clube, Clube Caça e Pesca, Clube Recreativo Chapecoense, Clube Industrial e Clube Refúgio. Trabalhou por vários anos (até falecer) como advogado trabalhista do SAIC – Sociedade Anônima Indústria e Comércio – Frigorífico Chapecó. Trabalhou para várias empresas da cidade nas áreas criminal, cível e trabalhista. Exerceu a advocacia pro bono oferecendo seus serviços jurídicos de forma voluntária e gratuita para pessoas ou organizações que não têm condições financeiras de arcar com os custos legais, buscando promover o acesso à justiça e defender os direitos dos mais necessitados. Teve três filhos: Sérgio Antônio, Paulo Renato e Adriana De Toni. E também foi avô da atual deputada federal por Santa Catarina, Caroline De Toni.
