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“Não se arrepende do crime”: investigação revela detalhes sobre ataque contra creche em Blumenau

Por SCC10

Em coletiva de imprensa, nesta segunda (17), o Governo de Santa Catarina divulgou a conclusão do inquérito policial sobre o caso envolvendo o ataque à creche em Blumenau no último dia 5, onde quatro crianças foram mortas por um criminoso que invadiu o local.

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Na coletiva, o delegado Ronnie Esteves, responsável pela investigação do ataque a creche, contou que a polícia ouviu pessoas próximas ao responsável pelo crime para entender a dinâmica do atentado. Segundo Esteves, a mãe do autor foi ouvida e relatou que o filho sempre foi tranquilo, mas que começou a mudar o comportamento após começar a usar drogas.

Para conferir se havia substâncias no corpo do responsável, a equipe realizou exames toxicológicos que confirmaram a presença de entorpecentes.

Autor de ataque disse que “não se arrepende e faria de novo”

O criminoso foi indiciado por quatro homicídios triplamente qualificados e por quatro tentativas de homicídios.

Durante a coletiva, a Polícia Cientifica esclareceu que o homem não havia sido diagnosticado com nenhum transtorno psicológico ou patologia, entretanto, ele já havia tido surtos psicóticos.

Confira a coletiva de imprensa

O delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, destacou que não há relação do criminoso com células neonazistas. Ele ainda reforçou que o responsável não se desestabilizou após a prisão.

“Continuou frio, disse como fez o ataque, que não se arrependia do que fez e que faria de novo”, explicou.

“Duas semanas antes do fato, ele se reuniu com um amigo, falou sobre a machadinha e teria dito ao amigo que faria algo grande. Mas como ele falava muita coisa, eles não deram importância”, disse Esteves.

O suspeito dizia que um policial militar falava para ele fazer o ataque, entretanto, a polícia descobriu que o policial citado e o autor nunca haviam conversado.

“O amigo falou que ele tinha admiração por esse policial, e nunca chegou a ter contato com ele. Quando ele virou a chave pelo uso de drogas, ele começou a ter as alucinações”, contou o delegado.

A Polícia Civil ouviu o policial apontado pelo autor como suposto mandante, mas o policial confirmou que nunca havia conversado com o autor.

O criminoso foi ouvido, e inicialmente, seguiu com a versão de que teria o crime teria um mandante, mas em conversa com a psicóloga, assumiu a autoria e a motivação.

“Corriam devagar”, disse responsável pelo ataque

O autor chegou a afirmar que teria escolhido crianças pequenas como alvo porque elas “corriam devagar”.

A polícia chegou a perguntar porque ele não atacou outro local, como o Batalhão da Polícia Militar. O autor teria dito que “para entrar no batalhão, ele precisaria de uma arma longa”.

A apresentação do inquérito revela a crueldade do responsável pelo ataque. “O autor conta que uma criança correu dele, chegou a rir para ele achando que era uma brincadeira, e então, ele atacou essa criança”, relatou o delegado.

Delegado-Geral pede conscientização sobre notícias falsas

O Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, destacou que a população deve ficar atenta para não repassar informações falsas sobre o crime ocorrido na CEI Cantinho Bom Pastor, em Blumenau.

“Desde o dia 5 estamos enfrentando uma enxurrada de fake news, isso tem preocupado porque essas notícias têm causado medo”, destacou. O delegado pediu que a população verifique as informações antes de compartilhar. “Temos que investigar fake news e isso dá o mesmo trabalho de denúncias reais”, argumentou.

“Muitas pessoas nos indagaram que se ele estava em surto ele não será punido, isso não é verdade. Dentro do direito penal temos várias situações”, afirmou o delegado-geral.

“Vamos traçar o perfil psicológico e de redes sociais do autor, para podermos, no futuro, identificar eventuais suspeitos”, afirmou.

As varreduras feitas no aparelho celular do autor identificaram que ele atuou sozinho, mas que estava em grupos de satanismo.

 

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