Onde estão as pessoas beneficiadas pelos programas sociais da Prefeitura, quais famílias estão em áreas com risco de alagamentos e as áreas de expansão urbana estão entre os dados do Diagnóstico Socioambiental da Macrozona Urbana de Chapecó. O estudo, que foi realizado em conjunto pela Unochapecó e Unoesc, foi entregue ao prefeito João Rodrigues, na tarde desta terça-feira, na sala de reuniões da Prefeitura.
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O secretário de Desenvolvimento Urbano de Chapecó, Valmor Scolari, disse que o município é o primeiro do estado a ter um estudo tão detalhado.
“São dados muito importantes sobre nascentes, áreas alagadiças, córregos, áreas de preservação ambiental e outras informações que vão servir de parâmetro para a adoção de políticas públicas e também como referência para os empreendedores. Chapecó sai na frente nesse sentido”, destacou o secretário.
O prefeito João Rodrigues agradeceu o trabalho realizado pelas universidades, que são parceiras do município e destacou que o estudo será muito importante para o planejamento.
“As ações da administração serão baseadas não no achismo, mas em dados de campo. Um dos investimentos que temos previsto é na macrodrenagem de Chapecó, projeto que recentemente formos buscar recursos em Brasília”, destacou o prefeito.
O diagnóstico, que teve o trabalho direto de dez pessoas e mais 30 indiretos, foi coordenado pelos professores Rógis Juarez Bernardi, da Unoesc, e Roque Alberto Sánchez d’Alotto, da Unochapecó.
Rógis destacou que foram levantados 242 cursos de água na área urbana do município, o que inclui o distrito de Marechal Bormann, e foram cadastradas 3.710 famílias que fazem uso residencial ou econômico desses cursos.
“Percebemos que metade dessas unidades foram instaladas nos últimos 14 anos, o que indica a necessidade de políticas públicas nesse sentido. Também identificamos as áreas que tem risco de deslizamento e também de alagamento, inclusive com projeção para cinco anos e até mil anos. Esses dados podem servir para projetos de saneamento básico, regularização fundiária e revisão do Plano Diretor”, explicou o professor.
Aliás, em 2024, será necessária uma revisão do atual Plano Diretor. Há mapas que indicam as redes de energia e de água. Bernardi disse ainda que há pontos de descontinuidade de serviços, como de limpeza urbana e coleta de resíduos.
Também estiveram presentes na sala de reuniões da prefeitura o reitor da Unochapecó, Cláudio Jacoski, o vice-reitor da Unoesc, Carlos Eduardo Carvalho, e a coordenadora de Pós-Graduação e Extensão da Unoesc, Carla Basso. Algumas pessoas também participaram do ato virtualmente.
