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‘A justiça foi feita’, diz advogado de vítima de Robinho após prisão no Brasil

Na última semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pelo placar de 9 a 2 que o ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, deve cumprir a pena de 9 anos aqui no Brasil. No país europeu, foram três julgamentos e não havia mais recurso possível. A decisão repercutiu na Itália, local do crime.

“Os juízes brasileiros demonstraram grande inteligência e grande independência. Portanto, consideramos que, ao menos no que diz respeito a Robinho, a Justiça foi feita’, diz o advogado da vítima.

O advogado da vítima falou sobre como ela recebeu o desfecho do caso.

“Foi um momento muito forte porque foi como reabrir uma ferida, porque ela viu que, após 10 anos, a pessoa que a violentou foi finalmente para a prisão. Foi um momento psicologicamente muito forte, mas positivo”, diz.

O crime e as investigações

Ocorrido em janeiro de 2013 e como as investigações mostraram a participação do ex-jogador, Ricardo Falco (também condenado a 9 anos) e outros quatro brasileiros em um estupro coletivo contra uma jovem, dentro de uma boate em Milão.

Para confirmar a denúncia, a polícia italiana grampeou telefones dos envolvidos e botou uma escuta no carro do jogador.

Em uma das conversas, Robinho fala com Jairo dos Santos, músico que fazia show no local no dia do crime. Ele não teve participação na agressão sexual.

“A polícia não pode me fazer nada porque, se necessário, direi que estava lá contigo e depois fui para casa”, diz Robinho.

Jairo responde: “Mas você também transou com a garota?”
Robinho diz: “Não, não. Eu só tentei. Cleitinho, Rudney e Alex…”
Jairo: “Eu te vi fazendo sexo oral com a moça”
“Isso não significa transar”, alega Robinho.

Robinho deixou o Milan em 2014, antes do primeiro julgamento. Em 2020, chegou a assinar com o Santos, quando já havia sido condenado. Parte da torcida e patrocinadores pressionaram o clube e a contratação foi cancelada.

Desde então, mesmo condenado, Robinho gozava de liberdade, já que estava no Brasil e a lei não permite a extradição de brasileiros para o exterior.

“Essas pessoas são culpadas, não dá para simplesmente a gente fingir que não e falar, mas ele jogava muito, ele era legal, Mas ele é um estuprador”, diz um especialista.

No mesmo dia do julgamento de Robinho no STJ, um juiz espanhol decidiu que Daniel Alves – preso e condenado em primeira instância pelo crime de agressão sexual – poderia esperar o recurso em liberdade se pagasse uma fiança de 1 milhão de Euros e entregasse os passaportes.

“A repercussão principal era de que a Justiça espanhola colocou um preço a ser pago para poder estuprar alguém”, diz o especialista.

O destino de Robinho

Agora preso, o ex-jogador vai ficar em um dos pavilhões da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. Durante um período que pode chegar a 20 dias, ele estará sozinho em uma cela de 8 metros quadrados.

Só depois desse tempo ele vai começar a dormir com outros detentos

Após 3 anos e 7 meses, Robinho poderá ter direito ao regime semiaberto. Mas esse tempo pode ser reduzido se ele trabalhar no presídio.

O caso de Ricardo Falco, condenado junto com Robinho, ainda será analisado pelo STJ. Os outros quatro brasileiros envolvidos na agressão sexual não foram processados porque já tinham retornado ao Brasil quando a investigação começou e não foram localizados pela Justiça da Itália. Do g1

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