DestaqueEconomia

Deflação em agosto não anima tanto quanto parece

Depois de meses de alta, a prévia da inflação oficial no Brasil voltou a cair. O IPCA-15 recuou 0,14% em agosto, a primeira deflação mensal desde julho de 2023.

O resultado foi puxado por energia elétrica, que ficou quase 5% mais barata, e pela queda de preços em alimentos como manga (-20,9%), batata (-18,7%), cebola (-13,8%) e tomate (-7,7%).

Mas nem tudo foi alívio. Itens de serviços voltaram a subir, refletindo o mercado de trabalho aquecido. Gastos com saúde, higiene pessoal e planos de saúde pesaram mais, e até os jogos de azar entraram na conta, com alta de 11,4% após reajuste de julho.

✅ Quer receber informações no seu celular: Clique AQUI e receba NOTÍCIAS EM SEU WHATSAPP

Embora positivo, os dados ficaram aquém do esperado. Analistas projetavam uma baixa próxima de 0,20%, o que faz com que o resultado reforce uma leitura ambígua:

  • Por um lado, a queda de alimentos e energia garante um alívio imediato no bolso.
  • Por outro, a persistência de preços de serviços e despesas recorrentes indica que o Banco Central terá dificuldade para cortar os juros no ritmo que parte do mercado esperava.

Em outras palavras, para muitos analistas, a deflação de agosto foi mais efeito pontual do que sinal de tendência.

 

 

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios