A vereadora de Xaxim, Maria de Lourdes Fonini e o seu marido, o ex-prefeito Cesar Fonini – que está na Penitenciária de Chapecó onde cumpre pena por outros crimes, foram denunciados pelo assassinato do advogado Joacir Montagna, morto a tiros no dia 13 de agosto de 2018, em Guaraciaba. Os dois foram presos na 2ª fase da Operação Defesa da Ordem, realizada em 28 de agosto.
Durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (26), o delegado Wesley Andrade, da DICFron, e o delegado Regional de São Miguel do Oeste, Adriano Bini, falaram sobre a investigação que chegou até o chamado ‘núcleo de mando’ do crime contra o advogado.
Para o delegado Andrade, que está à frente das investigações, ficou claro que o crime está ligado à atividade profissional de Montagna, envolvendo um processo cível, em que ele atuou. Andrade salienta ainda, que o núcleo executor do homicídio e o núcleo mandante, não têm nenhuma ligação ou conhecimento, sendo utilizado um intermediador para planejar e contratar os assassinos.
Em julho de 2019, cinco homens foram condenados a penas que passaram dos 130 anos de prisão, pela execução do crime. Desde então, a Polícia passou a investigar quem seriam os mandantes da execução.
Conforme Andrade, a convicção de que o caso não havia encerrado se deu ainda em novembro de 2018, devido a perguntas sem respostas, como o motivo pelo qual os assassinos, já julgados e condenados, cometeriam o crime. Isso levou a instauração do segundo inquérito, que identificou e prendeu preventivamente os supostos mandantes na cidade de Xaxim.
Descobriu-se, então, que o homicídio doloso teria sido ordenado em razão da atuação profissional de Joacir Montagna como representante de parte contrária em processo cível integrado pelos dois suspeitos e por outros familiares. (Fonte Portal São Miguel/DI On Line).