DestaqueSaúde

Unimed Chapecó promove palestra de conscientização sobre Alzheimer

Para marcar o Dia Internacional da Alzheimer (21 de setembro) e o Dia Internacional do Idoso (1° de outubro), o setor de Medicina Preventiva da Unimed Chapecó promoveu na última semana a palestra “Alzheimer: uma doença de toda família”, ministrada pelo Dr. Márcio Fernando Borges, geriatra e autor do livro “Sete Histórias de Alzheimer”. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há 25 milhões de pessoas acima de 60 anos, sendo que cerca de 1,5 milhão foram diagnosticadas com Alzheimer.

Borges ressaltou que o envelhecimento é uma conquista, resultado dos avanços na área de saúde, redução do número de filhos e aumento da expectativa de vida (mulheres 78 anos – homens 71 anos). Entretanto, afirmou que de cada 10 pessoas acima de 80 anos, pelo menos três serão diagnosticadas com Alzheimer e, destes, duas mulheres e um homem. “A Alzheimer é a doença do século XXI, da qual nenhum governo sabe lidar”, comentou.

Dr. Borges explicou que a doença passa por estágios e a família deve ficar atenta aos movimentos e as ações repetitivas

A doença, apesar de ser umas das mais estudadas na atualidade, ainda não pode ser estabilizada ou curada “Quem convive com a pessoa idosa com Alzheimer é a sua família, por isso é a mais afetada, então, falamos que Alzheimer é uma doença de toda a família. Assim, apesar de não ter cura é muito importante que a família aprenda tudo sobre Alzheimer, principalmente, como agir quando há mudanças de comportamento e nos quadros de confusão da pessoa idosa com Alzheimer. O melhor remédio é uma família unida e que aprenda ao máximo como lidar com a doença” ressaltou Borges.

A doença passa por estágios, então, a família deve ficar atenta aos movimentos e as ações repetitivas, a exemplo de esquecimento frequente; quando a pessoa não identifica as ruas; não sabe onde está; não tem noção de tempo; esquece as datas comemorativas; troca os objetos de lugar; não diferencia as estações do ano ou veste roupas que não correspondem a temperatura; não se reconhece e sente dificuldade de fazer atividades diárias. “Tem o caso de uma senhora que pagou cinco assinaturas da mesma revista e são estes tipos de sinais que devemos estar atentos”, salientou Borges.

Maria Robette, de 70 anos, foi diagnosticada com a doença há cinco anos. A filha, Roselei Robette, contou que os primeiros sinais identificados em sua mãe foram problemas de esquecimento e repetições. “Ela tem memórias antigas, lembra da roça na infância e canta perfeitamente as letras das músicas, mas não guarda acontecimentos recentes. Perdeu completamente a autonomia”, explicou. A maior dificuldade da família, segundo Roselei, é aceitar a doença, já que Maria sempre foi ativa e líder de movimentos culturais.

De acordo com Borges, a Alzheimer é uma doença que pode instigar a violência contra idosos, principalmente em função da dependência e da falta de autonomia. “O problema maior não é quando o idoso se torna dependente, mas sim, a doença se torna grave quando o idoso perde a autonomia”, expôs.

As enfermeiras da Unimed Chapecó Maykler Vanzin e Maria da Glória Carpinsk, explicaram que o evento teve como base duas linhas de cuidado: o Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas e o Programa de Gerenciamento de Casos Complexos desenvolvidos pelo setor de Medicina Preventiva. Os participantes destes programas, em sua maioria, são idosos que contam com o auxílio de cuidadores e o acompanhamento de uma equipe multiprofissional, que por sua vez, necessitam de muita informação, compreensão, carinho e amor no cuidado. Foi pensando no cuidado integral deste paciente, a importância de envolver a família, que lida diariamente com a doença e também necessita de informação e orientação. (Informações MB Comunicação).

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios