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Síndrome rara pode estar associada à complicação tardia da covid-19

Febre alta e persistente, conjuntivite, dores abdominais e sintomas gastrointestinais agudos (náusea, vômito e diarreia), manchas ou lesões no corpo (associadas com as extremidades das mãos e dos pés), edema de língua e de lábios, mudança no sangue e alterações da função cardíaca (pressão mais baixa). Esses são alguns dos sintomas em crianças e adolescentes que apresentam a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), uma manifestação rara que pode estar associada à complicação tardia em pacientes jovens que foram contaminados com a covid-19.

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“Esse quadro de inflamação sistêmica pode ocorrer durante o processo de contaminação com o novo coronavírus ou de três a quatro semanas depois. Há relatos de crianças que apresentaram esses sintomas até três meses depois do contato com o vírus. A nova síndrome é semelhante à doença de Kawasaki – uma vasculite, que é a inflamação da parede dos vasos sanguíneos – e de causa desconhecida. Contudo, em algumas crianças há intensa reação inflamatória. Outro diferencial para o diagnóstico é a equivalência com a Síndrome do Choque Tóxico – complicação rara e potencialmente fatal de certas infecções bacterianas”, explica o pneumologista pediátrico e médico cooperado da Unimed Chapecó, Dr. Rafael Bottega.

A doença tem cura, porém se não for tratada adequadamente pode levar à morte. Uma das complicações é a ocorrência de aneurismas na artéria coronária. De acordo com médico, as crianças com a síndrome são tratadas com imunoglobulina, esteroides e aspirina. “Em Chapecó, algumas crianças internadas apresentaram essa síndrome, mas importante enfatizar que a mortalidade é muita pequena”, reforça o pneumologista pediátrico.

Covid-19

As crianças e os adolescentes não integram o grupo de risco para quadros clínicos mais graves da covid-19. Segundo o médico, os estudos apontam que as principais razões estão relacionadas ao fato de apresentam naturalmente em suas células uma quantidade bem menor de receptores para o coronavírus. “É mais ou menos assim: para infectar uma pessoa o vírus precisa invadir suas células. Para isso, podemos exemplificar que carrega uma espécie de chave para abri-las. As crianças, muito provavelmente, têm um número menor destas fechaduras. Quando a invasão é menor, a infecção é mais branda, porém temos visto alguns casos escassos em que a doença pode se manifestar de forma grave”, esclarece.

Doenças pré-existentes como: diabetes, obesidade, doenças respiratórias e neurológicas podem agravar os casos de pacientes com covid-19. O médico também recomenda cuidado redobrado aos pacientes que necessitam de ventilação invasiva em casa. “Essas crianças e adolescentes precisam ser bem avaliados por seus médicos, para deixar a medicação em dia, e, caso aconteça de ser contaminado, o vírus não será tão hostil no organismo”, argumenta.

Os pais precisam estar atentos aos sintomas persistentes da covid-19 e, principalmente, se seus filhos tiverem febre, falta de ar, tosse, diarreia e lesões urticariformes pelo corpo. Nestes casos, a criança precisa ser avaliada pelo pediatra ou se necessário ir a um hospital. Nos casos que necessitam de internação hospitalar, segundo o médico, o tratamento utilizado é oxigênio, além do tratamento das complicações como pneumonia e Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. (MB Comunicação).

 

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