
Eder Boaro é instrutor Master Mind e colunista político
A grande maioria dos brasileiros anda descontente com a forma como nosso Supremo Tribunal Federal vem atuando nos últimos anos. Muito disso é fruto do silêncio dessa maioria acomodada que assistiu o atual circo sendo montado pelos governos que dominaram o país recentemente e suas pautas progressistas. Tais atitudes dos supremos comedores de lagosta, que debocham na cara da população, acontecem há alguns anos, no entanto, com as prisões da operação Lava-Jato, uma série de decisões e solturas insensatas ampliaram nossa sensação de impotência.
Individualmente, um dos arautos do caos e da incoerência é Gilmar Mendes, que libertou diversas vezes o pai de seu afilhado de casamento, o empresário Jacob Barata Filho, sem se julgar suspeito dessa relação de amizade. Hoje, o mesmo magistrado diz que Sérgio Moro foi suspeito ao julgar Lula, pelo fato de ter tido ligação posterior com o governo Bolsonaro, e já se manifestou a favor do ex-presidente anulando a delação de Palocci em outra ação contra o líder petista, antecipando a mesma posição quanto aos demais processos que levaram Luís Inácio à cadeia. Ainda, junto com o decano Celso de Mello, chamou Jair Messias de nazista, o que é crime, e de genocida, pelas mortes de Covid-19, mesmo tendo privado o presidente de gerenciar as ações no combate a pandemia.
Clique aqui e receba notícias de Chapecó e Região, do Brasil e do mundo pelo WhatsApp!
Na mesma esteira, nos últimos meses, o Ministro Alexandre de Moraes foi quem mais ultrapassou a barreira do bom senso e demonstrou seu perfil ditatorial e egocêntrico, o que mina ainda mais a imagem do STF junto à população. Conduzindo o processo ilegal sobre fake news, vem perseguindo e prendendo apoiadores de Bolsonaro de modo arbitrário e inconstitucional, sob olhar silencioso dos brasileiros e de alguns jornalistas que se dizem defensores da liberdade de expressão. Ainda, essa semana, nosso déspota de toga, demonstrando ter sido picado pela mosca do desprezo à opinião pública, assumiu de vez sua sanha arbitrária ao afirmar que deve ser afastada a tirania da maioria que elege o Executivo e o Legislativo. O que Moraes disse é que vale mais suas decisões monocráticas, mesmo sem ter recebido qualquer voto popular, que a decisão das urnas, ignorando uma população que encontra no sufrágio sua única arma para dias melhores.
E, assim, blindados por um Senado covarde e assistidos por uma maioria silenciosa de cidadãos de bem, nossos abutres de toga esperam a morte da nossa esperança para se deliciarem nesse banquete fétido que virou a ditadura do judiciário…