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Morte de influencer acende alerta contra anorexia

Segundo o jornal britânico The Sun e a agência de notícias alemã DE24, a influencer alemã Josi Maria morreu aos 24 anos vítima de um ataque cardíaco decorrente de sua anorexia. A imprensa internacional revelou que a modelo faleceu durante uma viagem que fazia com uma amiga à ilha espanhola de Grã Canária. Ela teria desmaiado e morrido nos braços da colega.

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Josi Maria tinha mais de 134 mil seguidores em sua conta no Instagram e, nos últimos tempos, usava seu perfil para alertar seguidores sobre seu problema de saúde. Ela compartilhava suas fotos de magreza extrema como um alerta para os riscos decorrentes de transtornos alimentares.

Um dos últimos posts de Josi nas redes sociais expressava o medo dela em relação à própria saúde: “Eu não quero ser uma das 10 pessoas que morre de anorexia”. Infelizmente, a jovem foi mais uma vítima dessa doença.

Quando não comer se torna um problema

Os transtornos alimentares surgem sorrateiramente na forma de dietas. O objetivo inicial é apenas transformar o corpo e perder medidas que estão a mais. Entretanto, os dias passam, o peso até diminui, mas a necessidade de ter a aparência magra só aumenta. Comer traz uma sensação de culpa e o espelho acusa qualquer gordurinha. Neste momento, as opções começam a surgir: induzir o vômito após as refeições, tomar laxantes ou diuréticos e, às vezes, até parar de comer.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que ao menos 1% da população mundial possui uma de duas das doenças mais frequentes: a anorexia nervosa e a bulimia nervosa. Parece futilidade, mas não é. Elas estão entre os transtornos alimentares que atingem cerca de 4,7% da população brasileira (durante a adolescência esse índice pode subir para 10%).

Eu também fui vítima da anorexia e da bulimia aos 13 anos. Na época, era a mais cheinha de um grupo de “amigas” e, somado a isso, carregava uma baixa autoestima porque, na infância, sofri com piadas maldosas. Então, decidi sacrificar tudo que gostava de comer para tentar ter o corpo igual ao das minhas “amigas”.

A escola faria uma viagem com os alunos ao final daquele ano e queria estar magrinha para entrar no maiô e não ser excluída por conta do meu excesso de peso. Como não conseguia emagrecer facilmente, decidi abusar de laxantes e, posteriormente, parei de comer.

Para conquistar o corpo que (na minha mente) achava que deveria ter, cheguei ao ponto de tomar 31 laxantes em um único dia. Fingia para minha família que almoçava ou jantava quando, na verdade, escondia a comida. Fui ao passeio, estava magra, mas fraca, não saía do banheiro. Foi a pior viagem da minha vida.

Assim, aos 13 anos, por conta dessas doenças que desenvolvi, cheguei a pesar 38 quilos. Com ajuda familiar, médica e espiritual, incrivelmente, acordei desse pesadelo e em poucos meses me curei – sem sequelas. Por pouco meu rim não parou de funcionar.

Desde então, não tive mais esse tipo de problema e sigo bem.

Entenda a diferença

No caso da bulimia, a pessoa deseja realizar a restrição alimentar assim como os anoréxicos, mas não consegue parar de comer e acaba ingerindo uma grande quantidade de comida e/ou tendo episódios de compulsão alimentar que depois geram um intenso sentimento de culpa e angústia. Isso a leva a optar por comportamentos compensatórios purgativos – como vômito forçado e/ou ingestão de grandes quantidades de laxantes e diuréticos – ou não purgativos – como fazer exercícios físicos obsessivamente, por exemplo.

Ao contrário da bulimia, a pessoa que tem anorexia para de comer e dificilmente percebe a existência da doença e busca ajuda. Além disso, as mudanças corporais são muito visíveis. A pessoa não tem mais apetite, se isola dos demais e passa a ficar muito magra, com aparência esquelética. Inclusive muitos problemas de saúde se agravam ou começam por causa desse transtorno, o que pode levar a óbito.

Apesar de ser ainda mais comum no público feminino, a porcentagem de homens que lutam com o problema e buscam auxílio também tem aumentado.
Ao contrário do que se pensa normalmente, esses transtornos não refletem apenas o excesso de vaidade, mas também síndromes comportamentais. Psiquiatras ressaltam que é fundamental entender a relação do emocional com a não aceitação da aparência.

O segredo para vencer

Atualmente, por conta do culto exagerado ao corpo, limites cada vez mais confusos separam o que é normal e o que é patológico. Uma simples dieta pode sutilmente servir de gatilho para a doença. O desejo de se sentir bem e bonita(o) pode sorrateiramente virar uma obsessão. (Fonte R7).

 

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