Polícia

Mensagens revelam ‘terror’ causado por agressor de procuradora

O comportamento do procurador que agrediu a colega na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, gerou medo e ansiedade em funcionários do local semanas antes do ocorrido. Após a agressão, Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, foi preso em Itapecerica da Serra. Um vídeo mostra uma conversa entre Gabriela Samadello Monteiro de Barros, a agredida, e a agente administrativa Thainan Maria Tanaka, que também trabalha na administração municipal, por meio de um aplicativo de mensagens.

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O diálogo sobre o assunto foi iniciado no último dia 27, mas durou até 30 de maio. Durante o período, as mulheres comentaram sobre episódios de agressividade e até destacaram como ‘medida de segurança’ nunca estarem na repartição pública apenas na companhia do procurador.

O doutor Demétrius acabou de vir aqui, era 17h33, a ‘Pri’ [funcionária] falou com ele: ‘Voltou, doutor?’, mas ele nem a respondeu. Foi direto na sua sala e, depois enfiou a cabeça na sala da doutora Kátia. Veio para ‘quebrar o pau’, estava transtornado!

Medo e ansiedade

No primeiro dia de registros sobre o comportamento de Demétrius Oliveira de Macedo, Thainan relatou que ela e mais dois colegas ficaram assustados com o procurador. Um deles, chamado “Lucas”, teria, inclusive, trancado uma das portas para evitar contato com o homem.

No dia 30 de maio, por sua vez, a procuradora-geral Gabriela, que viria a ser agredida semanas depois, relatou “medo” e disse que “precisava fazer alguma coisa”. No decorrer da conversa, ela aponta ainda que pediria o afastamento de Macedo.

Thainan relatou que foi dormir tarde por conta de “ansiedade” gerada pelo comportamento do colega. Gabriela disse que se sentia assim naquele momento e teve “tremedeira”.

Medidas de segurança

As duas mulheres decidiram então estabelecer algumas “regras” para trabalhar em tranquilidade, longe dos riscos que poderiam ser gerados por Macedo.

Não trabalhar após o horário de expediente, trancar portas e manter a união dos demais funcionários visando proteção e até mesmo testemunhas em caso de eventual agressão foram as medidas colocadas em pauta.

Macedo ingressou na prefeitura em 2011 e teve uma boa convivência com Gabriela, a procuradora-geral, até 2018. Desde então, segundo o relato da vítima, ele passou a complicar o ambiente de trabalho. Segundo as autoridades envolvidas no caso, os áudios trocados pelas duas deverão ser aproveitados durante o inquérito policial. Do G1

 

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