O relatório comparativo de média mensal de produção divulgado pelo Hospital Regional do Oeste, instituição mantida pela Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, registrou queda em cinco dos principais indicadores apurados durante o ano de 2020 comparado a 2019. Houve queda nas internações gerais (-13.28%), internações SUS (-9,18%), atendimentos ambulatoriais (-16,35%), cirurgias (-22,43%) e diagnósticos por vídeos e imagens (-4,87%).
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No entanto, esses indicadores mostram um aumento no registro de casos graves quando se examina a taxa de permanência dos pacientes na instituição hospitalar, que avançou de 3,73 na média, em 2019, para 4,11, em 2020, um acréscimo de 10,19%. Ou seja, embora tenha sido registrado número menor de internações, aumentou o tempo que esses pacientes necessitaram ficar internados, impactando nos setores de lavanderia e refeições, por exemplo.
Pelo menos três indicadores sustentam a conclusão: o volume de roupa lavada, de 1 milhão de quilos em 2019 passou para 1,1 milhão em 2020, um salto de cerca de 10%. O mesmo ocorreu com o número de refeições, que passou de 717,7 mil para 786,2 mil no mesmo período, crescimento de cerca de 10%. Quando se examina o números de exames laboratoriais, os números são ainda mais alarmantes: pulou dos 484,9 mil para 596,4, ou seja, um avanço de 22,99%.
O relatório com os números da produção foi apresentado durante reunião do Conselho Delegado de Administração e da Diretoria Executiva realizada no início do mês, convocada pelo Presidente do Conselho Delegado de Administração da Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira, Gelson Dalla Costa. O balanço geral da produção do HRO expõem os quantitativos de internações SUS, atendimentos ambulatoriais (SUS e convênios), sessões de tratamento oncológico, cirurgias, exames laboratoriais, serviços de diagnóstico por imagem e por vídeo, roupa lavada e refeições servidas.
Os números são exponenciais. O total de internações pelo SUS chegou a 17.004, média mensal de 1.417. Foram 9.698 internações de Chapecó e outras 7.306 de outros municípios. Já os atendimentos ambulatoriais (Pronto Socorro, Ortopedia, Oncologia, Neurologia, Radioterapia, Gestação de Alto Risco e Cirurgia Geral) somaram 110.224, das quais 60.502 mil de Chapecó e 49.742 de outros municípios. Em termos percentuais, esses números representam 97% SUS e os restantes 3% por meio de outros convênios, indicadores que colocam o HRO muito acima dos 60% de atendimentos SUS recomendado às instituições filantrópicas, reforçando o comprometimento da Administração com a filantropia.
Em relação ao tratamento oncológico foram registradas 38.924 sessões, média de 3.244 sessões mensais. De acordo com a Administração do HRO, neste setor não houve interrupção nos atendimentos e as variações se mantiveram nos limites esperados. Quanto às cirurgias, foram contabilizadas 11.031 (71% SUS e 29% de convênios). Também foram realizados 596.476 exames laboratoriais e 115.038 exames por imagem e por vídeo. Os outros últimos números do relatório também são expressivos: 1.194.841 quilos de roupa lavada e 786.221 refeições servidas.
Segundo o diretor-geral do HRO, Osmar Arcanjo de Oliveira, as cirurgias foram reduzidas com a suspensão dos procedimentos eletivos e no Centro Cirúrgico aumentou o percentual de atendimentos SUS, “principalmente em função do aumento das urgências e emergências em detrimento das eletivas”. Além disso, “o agravamento dos casos clínicos e da complexidade da Covid-19 provocou um significativo aumento dos exames laboratoriais e impactou no total de refeições servidas e de roupas lavadas”.
Para Ingon Luiz Rodrigues, vice-presidente do Conselho Delegado de Administração, e o presidente da Diretoria Executiva, Rogério Getúlio Delatorre, o aumento nos indicadores de permanência na instituição é preocupante. Em meados de março, quando for divulgado o balanço financeiro, será possível avaliar o impacto nas contas anuais. Imprensa ALVF/HRO