Um homem de 30 anos foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão em regime inicial fechado por homicídio doloso duplamente qualificado, caracterizado como feminicídio no contexto de violência doméstica e familiar, e cometido de maneira cruel, por matar a ex-companheira grávida. O crime ocorreu em abril de 2023 no bairro Aririú, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Ele também deverá pagar uma multa de R$ 70 mil aos sucessores da vítima.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homem matou a companheira, que estava entre quatro e seis semanas de gestação, por meio de asfixia mecânica, causando também outras lesões, incluindo fratura na órbita do olho direito. O crime foi cometido na presença do filho da vítima, de 7 anos.
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A irmã da vítima, que morava no andar superior da casa do casal, recebeu ligações de uma vizinha relatando uma briga. No entanto, por estar dormindo, ela não atendeu. Ao retornar a ligação, a vizinha informou que não ouviu a voz da vítima.
Ao questionar o réu, ele afirmou que a vítima estava dormindo. No entanto, ao insistir, a irmã entrou na residência e encontrou a vítima sem vida. Câmeras de monitoramento flagraram o réu fugindo assim que a polícia foi acionada. O homem foi localizado somente dois meses depois na casa de sua mãe em Salvador, Bahia.
“Nessa sessão plenária, o Conselho de Sentença de Palhoça, formado por mulheres em sua maioria, deixou claro que não admitiria a culpabilização da vítima de violência doméstica como o réu tentou alegar em seu interrogatório. Mesmo vendo que todas as provas apontavam para ele, o réu ainda tentou afirmar que a vítima é quem o agrediu e provocou”, considera a Promotora de Justiça. Do portal SCC10/SBT