Oito horas de sessão de julgamento foram suficientes para decidir o futuro do acusado por tirar a vida da ex-esposa por inconformismo com o término do relacionamento, na região central de Chapecó (SC). Ele foi condenado a 21 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além de ter impedido o futuro da vítima de ver os netos crescendo, buscar a felicidade, realizar sonhos.
O júri, no fórum da comarca de Chapecó, foi marcado por emoção. Familiares da vítima e do acusado acompanharam todo o julgamento. Na parte da manhã, de sexta (9), foram reproduzidos três depoimentos de testemunhas, gravados durante a instrução do processo. Em seguida, o réu foi interrogado. E, ainda, o promotor de Justiça fez sua explanação. À tarde, a defesa se apresentou e, pouco antes das 17h, a sentença foi lida. A sessão foi conduzida pela equipe da 1ª Vara Criminal de Chapecó.
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De acordo com a denúncia, acusado e vítima estavam separados há três meses, após um casamento de 31 anos. O crime ocorreu em 3 de novembro de 2023, dois dias depois de ter acabado a validade da medida protetiva que a mulher tinha contra o agressor. Ela foi surpreendida na chegada do trabalho, no início da tarde. Assim que desceu da motocicleta, o homem atacou com golpes de faca. A vítima pediu socorro para quem passava pelo local, mas faleceu ainda na calçada.
O acusado foi preso no mesmo dia e, após o júri, foi levado novamente ao complexo prisional. Ele teve negado o direito de recorrer em liberdade.
Agosto Lilás
O Poder Judiciário de Santa Catarina, por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), realiza a campanha Agosto Lilás. Ao longo deste mês serão promovidas palestras, exposições, debates, encontros, eventos e seminários para sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher.