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Fraturas em Crianças: Sintomas, tratamentos e como agir em situações de quedas

Andar de balanço, subir e descer o escorregador ou brincadeiras do dia a dia são momentos propícios para as crianças sofrerem quedas. Entretanto, a maioria das fraturas está relacionada ao ambiente doméstico e afetam, principalmente, os membros superiores dos pequenos, como a clavícula, o punho, antebraço e cotovelo.

O ortopedista e traumatologista Dr. Guilherme Dalul, que é especialista em Membros Superiores, explica que, por estar em crescimento, a capacidade da criança de formar e desenvolver os ossos é superior à do adulto. “Elas apresentam, também, maior elasticidade e porosidade. A membrana de tecido conectivo que reveste exteriormente os ossos, o periósteo, é mais resistente e há a presença das cartilagens de crescimento”.

O médico afirma que o sintoma mais pertinente da fratura é a dor imediata produzida pelo trauma e que se acentua com o movimento ou com a compressão da região afetada. “É importante salientar que, mesmo após uma queda, se a criança movimentar o membro fraturado, isso não descarta a possibilidade de fratura”, aponta Dr. Dalul.

Mas então, como saber se houve lesão? “Normalmente quando a fratura ocorre nos membros inferiores, a criança evita apoiá-los no chão ou manca. Pode ocorrer, inclusive, deformidade aparente após o trauma”, esclarece Dr Guilherme e acrescenta: “No caso dos membros superiores, o inchaço é comum, mas não necessariamente precisa aparecer. Em certos casos, há uma movimentação anormal do osso no local da fratura, acompanhada de barulhos, como se estivesse raspando”.

O tratamento de fraturas em crianças pode ser feito através de imobilização, redução ou cirurgia e depende da idade, tipo de fratura, gravidade e características individuais da criança. “Na maioria das vezes, as fraturas podem ser tratadas com imobilização por tempo adequado. Mas alguns casos com desvio necessitam ser colocados no lugar, ou seja, reduzidos. Já certas situações exigem cirurgia para posicionar ou fixar os fragmentos da fratura de forma adequada”, exemplifica.

Como os pais devem proceder?

O especialista orienta que, ao testemunhar uma queda brusca da criança, os pais ou responsáveis devem procurar atendimento ortopédico de emergência, relatar ao médico a forma como a criança caiu ou foi atingida e informar a região em que ela mais sente dor. “Até que cheguem ao atendimento, o adulto pode imobilizar o membro machucado na posição que está, para evitar que a fratura aumente e reduzir a dor e o inchaço. Caso houver ferimento, recomendo limpar o local com água corrente ou soro fisiológico e, se houver sangramento abundante, pode ser feita uma compressão para estancar o sangue”, finaliza Dr. Guilherme. Por Mirella Schuch/FVcomunica

 

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