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Comarca de Chapecó encerra pauta de júris do ano com 3 casos de feminicídio

Os últimos três júris populares do ano na comarca de Chapecó tratarão de homicídios de quatro mulheres. A possibilidade de serem casos de feminicídios será avaliada pelos jurados. Corroborando com a premissa de celeridade do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, apenas um deles foi peticionado há pouco mais de dois anos. Os demais ocorreram no ano passado. Todos os acusados dos crimes citados estão presos preventivamente desde a morte das mulheres.

29 de novembro

Nesta sexta (29), o acusado de atingir a esposa, 37 anos, com golpes de faca, no lado esquerdo do peito e no pescoço, será julgado. O crime aconteceu no dia 4 de julho de 2017. De acordo com a denúncia apresentada, o corpo foi encontrado no dia seguinte dentro de um armário onde o homem guardava armas, em uma sala oculta do apartamento. Ainda segundo informações dos autos, o acusado, 41 anos, fugiu utilizando o veículo de um cliente. A polícia o encontrou em Guaíra, no Paraná.
A empresária teria comentado algumas vezes com familiares que queria se separar, mas tinha medo. Ele responde por homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil, meio cruel e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima. Além disso, serão levados ao Tribunal do Júri os crimes de ocultação de cadáver, fraude processual, furto qualificado, posse irregular de munição de uso restrito e porte ilegal de arma de fogo. A sessão inicia às 8h no fórum da comarca.

2 de dezembro

O companheiro sentia ciúmes da vítima que tinha 29 anos de idade. Segundo a denúncia, foi esse o motivo de muitas discussões, inclusive da última que terminou com a morte dela causada por quatro golpes de faca. Foi por volta de 6h40 do dia 27 de abril de 2018, no loteamento Zanrosso, na Grande Efapi. Ele enrolou o corpo num lençol e, de carro, levou até uma estrada que dá acesso a uma comunidade rural de Chapecó. O acusado ainda limpou a casa e lavou as roupas sujas de sangue.
O acusado, 52 anos, foi indiciado por homicídio qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Também responde por ocultação de cadáver e fraude processual. O julgamento inicia às 13h30 no Salão do Tribunal do Júri de Chapecó.

16 de dezembro

A vítima, 27 anos, não queria manter o relacionamento passageiro que teve com o colega de trabalho. Mas ele queria. De acordo com denúncia apresentada nos autos, com o carro do pai dela, levou a moça até o interior de Nova Itaberaba, onde o acusado morava, no dia 28 de maio de 2018. Eram quase 8h da manhã quando ela foi abordada no caminho para o trabalho. Quando o carro parou na garagem da residência, a jovem tentou fugir. Seminua, correu em busca de ajuda, mas o agressor a alcançou. Sete tiros na cabeça causaram a morte instantânea.
Ainda conforme denúncia, o homem então seguiu para a casa da ex-sogra, ali perto. Atirou duas vezes contra a mulher de 70 anos que morreu no local. O júri do acusado estava previsto para o dia 9 de dezembro, mas o advogado do réu se afastou do caso e o processo passou para um defensor público. A sessão foi remarcada para o próximo dia 16, com início às 9h no fórum de Chapecó. O acusado, 45 anos, responde por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Números

Atualmente existem, aproximadamente, dois mil processos relacionados à Lei Maria da Penha em andamento na Vara da Violência Doméstica Contra a Mulher, na comarca de Chapecó. Destes, oito são feminicídios. São quase 200 novos processos por mês, sendo aproximadamente 80 medidas protetivas.
​Na comarca a rede de apoio garante o bom atendimento e segurança às vítimas. Participam dela: CREAS e CRAS, Casa Abrigo da Mulher, Conselho da Mulher, Central de Penas e Medidas Alternativas, Rede Catarina de Proteção à Mulher (da Polícia Militar) e Delegacia da Mulher. (Informações TJSC/NCI/Oeste).

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