Durante essa quarentena imposta pelos governos, diversos artistas têm promovido shows através das redes sociais. As chamadas lives, tiveram início quando o cantor Gustavo Lima decidiu levar entretenimento ao público, mostrando seu modo de vida, sua casa e família para seus fãs, já entediados com o período de isolamento. Ainda, aproveitou o momento e pediu doações, arrecadando milhões em dinheiro e alimentos que foram destinados aos mais necessitados, além de EPI’s para diversos hospitais.
O sucesso do evento despertou o interesse em outros artistas que cantaram seus sucessos e destinaram recursos através da rede de solidariedade que se formou entre os expectadores. O próprio Gustavo Lima fez mais de uma apresentação com recordes de visualizações e arrecadações, além de ter doado do próprio bolso R$ 500 mil a uma comunidade carente de Goiânia.
Porém, o jovem sertanejo vem sofrendo perseguição de alguns que alegam que a quantidade de bebida ingerida pelo músico nas lives serve de incentivo a crianças e adolescentes, tendo inclusive contra si uma ação do Conar (órgão que regula a publicidade no Brasil). Embora eu entenda que o cantor realmente bebeu em demasia nas suas apresentações, procuro ver o mérito do evento e os milhões de pessoas ajudadas pela causa. Não tenho lembranças do Conar ter movido qualquer ação contra o BBB que, há mais de vinte anos, mostra pessoas bebendo em seu programa, fumando (que já tem a publicidade proibida em TV aberta) e promovendo bizarrices incentivadas pelo exagero do consumo alcóolico, como aconteceu também nessa edição. Também não tenho lembranças do Conar patrocinar uma reprimenda aos programas da Rede Globo que colocam figuras abjetas como Marcelo D2, maconheiro apologista, que já cantou algumas vezes em horário nobre, ou questionar a presença de artistas que fazem publicidades na TV e participam da marcha da maconha. Não bastasse isso, Gustavo Lima e os demais sertanejos fizeram suas lives sem custo ao Estado, enquanto alguns ícones da esquerda, como Maria Gadú, Fábio Porchat e outros, custaram aos cofres públicos de São Paulo, por intermédio de João Dória, R$ 1 milhão para se apresentarem em suas casas.
Infelizmente estamos vivendo um momento em que não importa o seu esforço para colaborar com o país, pois, se você não for da turma dos socialistas lacradores, nenhum esforço será reconhecido. O crime de Gustavo Lima foi desejar o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos…
Eder Boaro é instrutor Master Mind e colunista político
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