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Secretários ameaçam deixar governo se Moisés for afastado

Secretários de estado do governo Carlos Moisés (PSL) produziram, assinaram e entregaram ao governador na noite de segunda-feira, 21, uma carta em que rechaçam o processo de impeachment em curso no estado. Na quinta-feira passada, 17, o Plenário da Alesc aprovou a abertura do pedido de impeachment que tenta demover Moisés e a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido) do executivo estadual. Eles podem ser afastados do cargo em menos de um mês, decisão que caberá ao tribunal misto, formado por cinco deputados estaduais e cinco  desembargadores.

A “carta aberta aos catarinenses” é um documento de duas páginas que carrega a assinatura de 46 secretários e uma mensagem principal: a indicação de que não ficam no governo caso Julio Garcia (PSD) assuma o governo.

O texto da carta começa lembrando que sete em cada dez catarinenses escolheram o governo Moisés e Daniela e o rumo de Santa Catarina em 2018. A dupla fez 2.664.179 votos naquele ano, surfando a onda Bolsonaro. Em seguida, nas entrelinhas, a carta ataca o presidente da Alesc, Julio Garcia.

“Ao revisar os contratos que haviam sido feitos com o Governo do Estado, foram economizados mais de R$ 360 milhões. Um deles, de telefonia, foi inclusive alvo de investigação da Polícia Federal e resultou no indiciamento por corrupção e lavagem de dinheiro de figuras políticas hoje denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF)”, diz o documento.

Na sequência do texto, os secretários ressaltam os números do governo e atribui ao governo, por exemplo, a reabertura da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. “Colocando um ponto final em um verdadeiro sangradouro de dinheiro público”, escrevem os secretários.

Por fim, os escribas deixam claro que abandonam o barco, caso Moisés e sua turma deixem o governo.

“Se este desrespeito for consumado, e as portas do governo forem abertas para aqueles que representam o que os catarinenses rejeitaram nas urnas e rejeitam no dia a dia, saibam que não dividiremos espaço com eles. Os catarinenses já disseram que não os aceitam no governo”, diz a carta.

Entre os nomes que subscrevem a carta aberta aos catarinenses, Paulo Eli (Fazenda), Leandro Lima, (Administração Prisional); Paulo Koerich (Segurança Pública); Dionei Tonet (Polícia Militar) e Aldo Baptista Neto (Defesa Civil). Acesse a íntegra da carta.

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